"Se eu administrasse uma empresa, iria querer sempre ouvir as ideias dos jovens mais talentosos, pois são eles que conhecem melhor a realidade contemporânea e as perspectivas para o futuro." Alex Ferguson
Faz 5 anos que me dediquei ao estudo aprofundado do esporte de alto rendimento. A primeira lição foi: não há espaço para amadorismo no esporte profissional atualmente. Confesso que pensei que bastava o meu conhecimento escasso para trocar de área de atuação. Ledo engano.
Comecei a estudar e cada passo que eu dava me indicava mais estudo. Pensei: não será fácil. Tive algumas oportunidades de ir estudando as instituições europeias e entender o profissionalismo que lá impera. E a diferença é gigantesca. Vivo em um país onde o "achismo" domina. Ciência e estudo aqui não fazem sentido. Aqui, basta a experiência prévia. No caso do futebol, a experiência de campo.
O INTER pagou um preço caro. Nos últimos 10 anos foi do ápice a queda por culpa do envelhecimento de seus dirigentes. O mundo mudou em 10 anos. Tão importante quanto saber perder é saber o motivo que te levou a vitória. Os dirigentes esqueceram e envelheceram. E mais: desaprenderam com um novo mundo do esporte.
No futebol moderno não há espaço para amadores e nem para improvisos. O futebol moderno exige profissionalismo, pensamento coerente, tomada de decisões de acordo com um projeto baseado em ideias claras. Não foi o que vimos. Vimos um presidente arrogante. Seu projeto era baseado num pensamento mágico: "clube grande não cai!". Como percebemos, clube grande cai, sim!
Que o próximo presidente, Marcelo Medeiros tenha uma ideia clara de futebol. Que ele seja o homem capaz de tomar as decisões corretas nesse momento. Diferente de uma seleção, um clube é feito de seus torcedores. Agora, nesse difícil momento, cabe ao torcedor o processo de união com o clube. A história do Inter sempre foi feita de momentos difíceis. Mas também de momentos grandiosos. As próximas páginas serão escritas e, tenho certeza, com novas glórias. Ascensão e queda são dois lados da mesma moeda. E, durante a história de qualquer instituição, as maiores mudanças ocorrem nos momentos de grande crise. Agora é seguir viagem. Seja na letra que for. Seja na divisão que for.
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