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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Voltei...

Voltei. Eu sei, nem eu mesmo passeava pelo meu próprio blog. Como iria exigir a visita de alguém? A vida andou me pregando algumas surpresas. Fiquei meio "desmotivado" digamos assim. Ok, triste mesmo. Como eu disse, a vida me pregou surpresas. Entre elas reviver conceitos aprendidos em partes distantes da vida. Talvez, o principal deles, é que a gente não tem tudo que quer. Não tô falando de carro, grana ou qualquer outro bem material. Tô falando de uma coisa chamada saudade. Sim! Um sentimento difícil de definir. O Aurélio dá uma definição ortodoxa. Aprendi que saudade dói. Dói fundo na alma. Principalmente, a saudade daqueles que se vão. E aprendi na prática.

A vida é linear em algumas coisas. Aprendi que as paralelas não se cruzam. Mas cacete! Pra mim, no MEU horizonte, elas se cruzam sim! Bem lá no final, no finalzinho, eu vejo elas se tocarem. A vida não dá essa alternativa de "viajar". Ela é cartesiana, lógica, dura. Na faculdade, tive uma cadeira chamada ciclo da vida. Uma dessas cadeiras que ninguém gosta. Aquela cadeira da faculdade que ninguém lembra depois de formado. A cadeira "desnecessária". Ela lembra um conceito clássico da biologia: os seres vivos (digamos assim...) nascem, crescem, reproduzem, envelhecem e morrem.

Taí uma coisa difícil de aceitar. De uma hora para outra nos tiram alguém que amamos. Não! Não pode! É meu! Eu quero de volta! Não, não adianta. Nesse casso, as paralelas realmente não se cruzam. Na minha imaginação elas seguem. Na vida real não. As linhas seguem na mesma distância. Só que mais longe de mim.

Tudo que resta após a perda é a lembrança. E isso basta. Mas mexer nisso nem sempre é uma tarefa fácil. Tive que reviver e "remexer" nisso que estava adormecido. A vida me presenteou com alguns anjos. Cruzei com eles por esses caminhos. Ou será que eles cruzaram comigo? Não sei. Mas nos cruzamos. Aprendi muito mais da vida com essas pessoas e suas histórias. A história deles fez eu entender melhor a minha. Entendi que a perda faz parte da nossa história e que devemos seguir lutando diariamente. Não sei se ajudei eles como eles me ajudaram. Só sei que a vida pode tirar de um lado. Mas dá a recompensa de outro.

Ps: esse texto foi feito depois de reler algumas histórias adormecidas que escrevi durante a doença do meu pai. Obrigado pela ajuda CP! Essa foto foi a última que tirei c/ ele!

quinta-feira, 31 de março de 2011

10 anos

"Só a mudança é permanente", Humberto Gessinger
Quando entrei na sala 4 do Mottola dia 29 de março pensei: caraca, faz 10 anos que eu faço isso! 
Pra completar a história, além do meu nervosismo, resolvi modificar completamente a palestra. Achei que era hora de ser mais objetivo em alguns pontos, que era hora de falar um pouco mais em ciência e em como se ajuda um vestibulando. 
Acredito que foi válida a mudança. Muito mais que o caráter expositivo do trabalho, as informações ajudarão nesse início de caminhada. O prêmio Nobel de Medicina Eric Kandel diz que a função dos médicos com os seus pacientes é ,mais do que tratar as doenças, informá-los sobre prevenção, sobre como mudar os seus hábitos de vida.
Se o cara saiu da palestra pensando que só através da tentativa é que ele chegará na aprovação, minha função tá cumprida. É um jogo de acerto e erro. Não existe uma verdade absoluta nem uma regra ortodoxa da aprovação. Cada um constrói o caminho do seu jeito, de um modo completamente diferente.
Agora, é hora de trabalhar. Segunda as coisas começam...sempre mudando, em constante transformação...