Tá bom, eu sei. Trabalho com vestibular e um mês após o nascimento do blog ainda não falei de vestibular. Para quem não sabe, trabalho há 8 anos acompanhando vestbibulandos. Auxiliando na sua preparação emocional.
Nesses 8 anos, aprendi a respeitar o vestibulando. A entender um pouco melhor o complexo mundo interior de um candidato. Aprendi a conviver com a sua rotina, cheia de armadilhas, desafios que surgem diariamente. Aprendi que medo e insegurança fazem partes do pensamento constante do vestibulando. Mas que quando se compreende melhor o medo e a insegurança e, caso aja disposição, ocorre o surgimento de um aprovado, um vencedor.
Não tenho dúvida em dizer que sou um privilegiado. Trabalhei ,nesse tempo, com os primeiros colocados de todas as faculdades de Medicina do RS. Em algum ano, tive a oportunidade de trabalhar com o primeiro da UFRGS, UFCSPA, PUC, ULBRA, FURG, etc. Mas também trabalhei com aqueles que não foram primeiros colocados. Pessoas que fizeram 4 ou 5 anos de acompanhamento comigo. E ,no final da sua jornada, também atingiram o seu objetivo. Acompanhei verdadeiras transformações. Não a simples passagem de vestibulando para acadêmico de Medicina ou de qualquer outro curso. Mas a transformação emocional. Pessoas que passaram a confiar em si e acreditar que é possível vencer e superar os mais difíceis desafios.
Espero que , a partir de hoje, seja mais fácil falar desse assunto que me apaixona. Vou tentar mesclar a minha visão sobre o vestibular com histórias, várias, desses colegas, hoje médicos ou em alguma faculdade pelo país. Afinal de contas foram eles os responsáveis pelo meu reconhecimento como médico e especialista em psiquiatria. Pessoas que confiaram em mim quando eu recém havia saído da faculdade de Medicina.
Tomara que eu consiga passar a mensagem que eles me deixaram nesses 8 anos. Por que ela é muito rica. E acredito que muitas pessoas se identificarão com elas. E talvez utilizem essas experiências como um estímulo.
Tomara que eu consiga...
